Leigh-Anne Pinnock, do Little Mix, desabafa sobre racismo na indústria musical
Enquanto o movimento Black Lives Matter continua crescendo em todo o mundo, Leigh-Anne Pinnock, integrante do grupo Little Mix, desabafou em seu Instagram na última sexta-feira (05) sobre sua experiência no mundo da música.
Mesmo fazendo parte de um dos maiores grupos femininos, Leigh-Anne explicou que isso não a isenta de sofrer racismo: “Este é o primeiro momento na vida que sinto que racismo é um tópico de conversas. Nós temos a atenção do mundo. Nós não podemos ver isso como um momento. Isso tem que ser um movimento até o sistema parar de nos oprimir. Isso não é algo que pode acontecer em um dia”, explica. “Pessoas negras foram oprimidas por mais de 400 anos. 400 anos depois nós ainda vemos irmãos e irmãs negras tomarem tiros e serem tratados com menos cuidado do que outras pessoas”.
Outro momento que Leigh-Anne lembrou foi quando o coreógrafo Frank Gatson compartilhou alguns conselhos durante a gravação do videoclipe de “Wings”: “Chega um momento na vida de todo ser humano preto, não importa quanto dinheiro você tenha ou o que você alcançou, em que você percebe que o racismo não te exclui. Nove anos atrás, depois de entrar no Little Mix, eu tive o maior despertar da minha vida. Quando filmamos ‘Wings’, nós trabalhamos com Frank Gatson. Ele disse para mim, ‘Você é a garota negra, precisa trabalhar dez vezes mais’. Nunca na minha vida, alguém tinha me dito que eu precisaria trabalhar mais por conta da minha raça. O que o Frank Gatson me disse fez sentido depois”.
O post recebeu apoio de muitos artistas da indústria, incluindo Normani, membro do Fifth Harmony.
Confira: