Aquecimento Oscar 2024: Homem-Aranha – Através do Aranhaverso é um espetáculo visual e de personalidade que mantém a franquia no topo.
Miles Morales se consagra como um verdadeiro Aranha, trazendo a essência deste herói e mostrando como é ser o melhor dentro do seu multiverso.
“Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades”, e aqui o estúdio soube usar com ousadia a famosa frase dita pelo Tio Ben. Dar vida a diversos Aranhas dentro de uma mesma produção precisou de muita responsabilidade. Além de trazer centenas versões do Homem-Aranha, ainda conseguiram dar vida, desenvolver e mostrar a jornada de cada um deles. Portanto, seguimos com um ótimo segundo filme podendo ter um desfecho épico dentro da franquia do Aranhaverso.
No segundo filme da franquia encontramos Miles Morales buscando entender mais sobre si mesmo até que se depara novamente com Gwen Stacy, que faz parte de um grupo de Aranhas que tentam manter o equilíbrio do multiverso. Então, Miles percebe que é o único Aranha que não é bem-vindo no time e ao buscar respostas se depara com algumas novas ameaças como o Mancha, Miguel O’Hara entre outras que vão mudar o rumo de sua história e da história de todos os Aranhas.
Num ritmo frenético, mal percebemos que se passa pouco mais de 2 horas de filme. A animação que nos proporciona um visual belíssimo, assim como no primeiro filme, novamente acerta em trilha sonora, montagem, cenas de ação, roteiro, direção e se consagra como um dos melhores filmes de herói já feitos.
Como dito anteriormente, é preciso muita coragem para colocar uma porção de Aranhas numa mesma tela, e vemos isso ser construído com muito detalhe e muito respeito a história de cada um desses personagens. Na medida em que vamos conhecendo cada Aranha a animação preza pela personalidade de cada um, como por exemplo, iniciamos com a Gwen Stacy em seu universo com uma estética de tinta que escorre trazendo a melancolia de sua história, assim como cada Aranha em sua estética traz a sua personalidade, e aqui coloco o Aranha-Punk como um exemplo disso, seu visual é realmente de alguém que luta por uma causa.
Quando falamos do Homem-Aranha sabemos que existem dores muito visíveis em sua história. A cada novo filme do personagem presenciamos a perda de entes queridos e aqui não é diferente, cada Aranha teve uma perda expressiva em seu universo, mantendo sua história a partir disso, porém, assistimos Miles Morales indagar o líder Miguel O’Hara dizendo que a história dele não precisa ser igual a de todos os seus iguais. A coragem deste personagem, assim como no primeiro filme, mostra mais uma vez seu protagonismo como a essência do verdadeiro Homem-Aranha.
Além de ser uma incrível experiência visual, a trama traz diversos easter-eggs com participações especiais, com aparições em live-action com possíveis conexões futuras dentro de um universo de filmes, mas por si só, Homem-Aranha: Através do Aranhaverso se desenvolve e se consagra como um universo redondinho sem pontas soltas.
Por mais que no primeiro filme vemos a construção do herói, por ser uma história de origem, aqui nós continuamos assistindo a construção desse mesmo herói, só que agora tendo de lidar com as consequências de um grande desafio causado por problemas no multiverso.
Por fim, o longa é corajoso em construir um segundo ato inacabável. Pois é, não vemos o fim do segundo ato, apenas uma longa construção e que interrompida de forma abrupta deixando o espectador chocado. Lembra quando falei sobre a frase do Tio Ben?
Portanto, aqui é onde o estúdio consagra a responsabilidade de trazer para as telas uma boa narrativa utilizando o poder deste gigante personagem do mundo dos heróis. Sustentaram uma excelente história, encheram nossos olhos com uma estética maravilhosa e nos deixaram curiosos para o futuro do Aranhaverso.
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso está disponível na HBOMAX.
Nota: 5/5