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Expulsão de Maria demonstra voz ativa do público dentro do BBB 22

Pressão popular é primordial como instrumento de participação contra a visão de público apenas como votantes e alvos de publicidade

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Cantora é desclassificada após entendimento de agressão por parte do programa · Foto: TV Globo

O Jogo da Discórdia da última segunda-feira (14), no BBB 22, foi marcado por um movimento incisivo da casa em relação à Natália, participante constantemente atacada por seus colegas de confinamento.

Porém, a grande cena da dinâmica resumiu-se a Maria acertando um balde na cabeça da Natália, o que chamou a atenção dos telespectadores e gerou fortes pedidos de expulsão na internet.

Ainda durante o ao vivo, o apresentador Tadeu Schmidt retornou do intervalo comercial e confrontou Maria sobre o momento no qual ela acertou o balde na cabeça da belorizontina.

Na ocasião, a atriz e cantora alegou que o balde teria escorregado de sua mão. Natália, ao ser perguntada, disse que estava tudo bem mas que sentiu um pouco de agressividade.

Essa não é a primeira atitude controversa de Maria em um Jogo da Discórdia com contato físico. No jogo das “plaquinhas” do dia 7 de fevereiro, a sister também agiu imprudentemente ao destacar a placa de “Joga Sujo” na testa de Arthur Aguiar.

As duas atitudes levantaram o olhar do público sobre as atitudes de Maria durante momentos declarados de tensão e confronto dentro do jogo.

Historicamente, em impasses sobre agressões, o Big Brother Brasil sempre toma as decisões de forma cautelosa e procura os envolvidos de forma particular como no caso de Emilly, no BBB 17.

É totalmente questionável a atitude da produção em colocar a vítima Natália contra a parede na frente dos atuais 19 participantes durante uma dinâmica em TV aberta. Mas, o público do BBB assume um papel importante ao questionar atitudes controversas por parte da equipe do programa.

Em poucas horas os espectadores, incluindo perfis de figuras públicas de grande alcance, levantaram o questionamento sobre a agressão e forçaram a TV Globo a analisar o caso com a seriedade que ele demanda.

A desclassificação de Maria demonstra a força que a pressão popular tem sobre os rumos que o programa toma, principalmente em decisões editoriais. Resta saber até que ponto essa decisão foi justificada pelas atitudes ou pelo “peso no bolso” da pressão de patrocinadores.

Expor os deslizes e omissões do Big Brother Brasil, como um todo, fortalece o senso participativo do programa, que não deve se limitar apenas a votações ou à venda de publicidade.

Agora, é necessário que o público do BBB entenda o fim do jogo para Maria, com o senso de justiça típico de reality show, e que a cantora tenha o caminho livre para entender suas faltas e consiga continuar a trabalhar seus grandes talentos fora da casa sem represálias.

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