Wanessa Wolf fala sobre lives e carreira: ‘tem que ser assim mesmo para levar a vida na leveza’
A streamer conta ao Hashtag Pop sobre sua relação com os fãs, como as lives mudaram a sua vida e o sentimento de ser vista como uma inspiração
Você muito provavelmente já viu ela por algum vídeo ou estático nas redes sociais, seja por seus momentos inusitados como confundir a Ludmilla com a Normani ou pelas respostas que dá aos seus fãs. A streamer Wanessa Wolf conquistou seu espaço na internet por sua forma única de fazer lives e entreter seus espectadores com seus talkshows e suas gameplays. Ao Hashtag Pop, ela conta sobre como começou a criar conteúdo na internet, a sua relação com os fãs, as portas que o streaming abriu em sua vida e como é ser uma inspiração para pessoas LGBTQIAP+.
O início de um sonho… deu tudo certo
Quando começou em 2019, Wanessa Wolf não imaginava tornar-se uma das streamers LGBTQIAP+ de maior audiência e ser contratada por uma empresa renomada em pouco tempo. Ela trabalhava na farmácia de seu tio e viu na internet uma oportunidade de fazer do streaming sua profissão.
Apesar de começar no YouTube com vídeos sobre desabafos, ela se jogou na carreira de streamer, inspirada por assistir a Samira Close e a Rebeca Gamer, e mudou totalmente a sua vida: “Eu saí de uma realidade que mal recebia R$ 1500 e não conseguia ter o dinheiro todo, era sempre devendo uma parte. Eu nunca tive um mês que conseguisse pegar o salário corretamente. E, agora, eu realmente consegui conquistar muita coisa“, destaca.
O conteúdo de Wanessa começou a viralizar na internet principalmente através do GTA RP, por seus personagens Melissa Bariloche, Beth Alameda e Juninho Babalu, além de seus momentos icônicos no Dead by Daylight.
Sua forma única de interagir com os fãs, conduzir suas lives, fazer suas performances e contar “fanfics” fizeram com que ela fosse além da comunidade gamer e “furasse a bolha”. Não é difícil passar pelo Twitter ou TikTok e achar clipes de seu conteúdo em discussões de fóruns, portais e até ilustrar momentos nos quais cada pessoa possa se identificar.
Para Wanessa, a diversão com o seu trabalho é essencial para essa conexão: “Eu deixo o meu donate livre e eles mandam besteira […] A minha dinâmica com meus fãs, eu gosto de brincar com eles, apesar de às vezes haver uma extrapolada. Eu brinco, eles brincam comigo, tem que ser assim mesmo para levar a vida na leveza”.
O streaming como profissão
Trabalhar com as lives proporcionou a Wanessa sair do emprego na farmácia de seu tio e ganhar dinheiro com a internet. Essa realidade tem aumentado no Brasil a cada dia, principalmente com o boom de conteúdo e de audiência iniciado durante a pandemia, mas são poucas as pessoas que conseguem bons contratos e ficam conhecidas em pouco tempo. Com isso em mente, ela conta que ela tinha duas opções na época: ou trabalhar com o streaming ou como maquiadora, área na qual tem formação profissional.
“Maquiadora não ganha tão bem assim, é um perrengue. Eu comecei a fazer lives numa plataforma chinesa e com menos de um ano já estava ganhando o que imaginava no começo. É uma oportunidade que muita gente consegue fazer a vida com streaming, mas tem que ter talento, criatividade e jogo de cintura“, comenta Wanessa sobre seu início de carreira.
As lives fizeram com que a rotina da streamer mudasse totalmente e trouxeram novas oportunidades profissionais. Em junho, Wanessa apresentou o Pride Gaming, evento do Facebook Gaming para o mês do orgulho, ao lado de Samira Close, Malena Nunes e Rebeca Gamer. Sobre a nova experiência, ela conta que, no começo, ficou nervosa.
“Quando eu recebi o convite, fiquei até um pouco nervosa sobre eu realmente dar conta de apresentar um evento dessa magnitude, que é um dos principais do Facebook e dá muito engajamento. Então, eu fiquei pensativa porque eu nunca fui apresentadora.”
Sobre aceitar novos convites, Wanessa deixa claro ter gostado da experiência: “Foi minha primeira vez atuando dessa forma como apresentadora e gostei bastante. Se for assim com improviso, eu com certeza vou me divertir. E o Pride Gaming desse ano foi muito divertido. Eu gostei muito de participar e até posso apresentar na próxima vez, espero que aconteça.“
Wanessa Wolf como uma inspiração
A “velha“, como é carinhosamente chamada por seus fãs que se autodenominam “doenters” ou “lobinhos“, rapidamente conquistou um grande público por seu carisma e, consequentemente, se tornou uma inspiração para muitas pessoas da comunidade LGBTQIAP+ que sonham com a área de streaming. Ao ser perguntada sobre como se vê como inspiração, apesar de se questionar, ela afirma sentir-se feliz.
“Às vezes eu ate me pergunto se realmente sou digna de ser inspiração para essas pessoas, porque eu sou bem esbagaçada e tal. Mas, realmente, pensando bem, assim como outras pessoas foram inspiração para mim, até para sair do armário, eu agora sirvo de inspiração para outra pessoa. Então, eu fico muito feliz, uma inspiração tanto para se assumir quanto para começar a trabalhar no meio de streaming, como foi no meu caso me inspirando na Samira e na Rebeca.“, finaliza Wanessa.