Entrevista: Gui Agustini, a voz original do Mancha Solar em X-Men ’97
A voz Brasileira por trás de Mancha Solar
Na estreia de “X-Men ’97“, Gui Agustini, o ator brasileiro, assume um papel como Mancha Solar, o primeiro super-herói do Brasil na Marvel. Ele compartilha sua experiência e orgulho em representar seu país nesse universo adorado pelos fãs.
Em uma conversa com o Hashtag Pop, Gui revela como se conectou com o personagem e como está determinado a inspirar outros com sua atuação.
HP: Como foi sua experiência ao dar voz original do primeiro super-herói brasileiro da Marvel em “X-Men ’97”?
Gui Agustini: Fantástica e surreal. Foi meu primeiro grande personagem, e apenas meu segundo no mundo da animação. A equipe da Marvel com quem trabalhei foi sensacional e isso ajudou demais. Eu sabia da responsabilidade de estar entrando em um universo tão gigantesco, conhecido e querido pelos fãs, e também de estar representando o Brasil, mas tive muita sorte de realmente não ter tido consciência da magnitude dessa responsabilidade. Haha.
HP: Considerando que você vive nos EUA há mais de 15 anos e está cada vez mais consolidado no mercado internacional, como essa experiência influencia seu desempenho como dublador de um personagem da Marvel?
Gui Agustini: Primeiramente, ela tem enchido meu coração de alegria e satisfação e também me dado muita confiança, o que são consequências incríveis. Acho que já tem ajudado minha equipe a conseguir novas oportunidades de casting, e espero que continue abrindo outras portas fantásticas pra minha carreira.
HP: Além de atuar, você também dirige e produz. Quais são as principais diferenças entre esses papéis na indústria cinematográfica, e como você equilibra essas funções?
Gui Agustini: Muito boa essa pergunta, mas bem complexa. Haha. Varia muito dependendo do tipo e escala do projeto. Vou usar o exemplo dos meus curtas que são projetos pequenos e de baixo orçamento. O diretor é o capitão do navio tanto na pré, quanto durante e na pós-produção. Ele tem que aprovar e tomar todas as decisões referente a todos os departamentos. Existem vários tipos de produtores, mas geralmente o produtor se encarrega da logística, de que tudo que seja essencial e necessário esteja ao dia, desde locações a comida, muitas vezes do budget, e também parte criativa. E o ator se prepara para dar o seu melhor no dia, atuando. Eu gosto do caos controlado que vivo e sinto quando atuo e dirijo. Infelizmente também tenho que produzir bastante e isso consome muito tempo e energia e eu não amo produzir, mas faço pra poder fazer meus projetos acontecerem. Mas eu nunca faço tudo 100% sozinho. Ter uma equipe boa e qualificada é crucial para o sucesso do projeto. Eu já tive a experiência de somente dirigir e é muito gratificante também. Ter uma equipe inteira que trabalha pra fazer sua visão se tornar realidade e ter o foco em uma só função é bom também. Haha. Mas meu sonho de focar em 100% dirigir e atuar ainda vai acontecer.
HP: Quais são seus principais objetivos de carreira para o futuro? Existe algum tipo específico de papel ou projeto que você ainda não teve a chance de realizar e que gostaria de explorar?
Gui Agustini: O meu grande objetivo é dirigir e atuar em um longa-metragem de uma história independente incrível. Eu também quero seguir desenvolvendo a história do meu irmão que tinha começado com meu pai. Eu sonho em interpretar um cavaleiro em um filme ou televisão. Mas agora estou aberto a que seja em animação. Haha. Eu sou fascinado em histórias reais, então esses tipos de histórias são as que gostaria de continuar fazendo parte de e contar.