Qual o futuro da Cultura Pop?
A pandemia de covid-19 afetou fortemente a área do entretenimento. Salas de cinema foram fechadas, gravações de novelas interrompidas e shows cancelados. Esse movimento gerou então a dúvida: qual o futuro da Cultura Pop?
Futuro da Música
A sensação de ir à um show e presenciar um artista ao redor de centenas de pessoas nunca mais será a mesma, isso é um fato. A adaptação de shows para o formato de lives foi algo natural e no início da quarentena foi muito apreciado, porém vivemos uma saturação dessa ferramenta. Ainda assim, segundo o Spotify os artistas que conseguem fazer boas lives tem um número de streamings elevado na plataforma após as apresentações.
Aparentemente para a área musical foi mais fácil se adaptar às novas condições, a forma de se vender música já estava mudando nos últimos anos. Streamings de música como o Spotify e Dezzer cresceram e atualmente ajudam a indústria a se recuperar em meio ao caos que a pandemia gerou.
Mesmo com essas alternativas, algumas bandas independentes ainda enfrentam alguns problemas. A banda Supercombo sobrevive com os plays nas plataformas digitais, porém a maior parte de suas rendas vem dos shows que agora estão cancelados. Dentro dessa preocupação também é difícil saber: quando os shows retornarem em sua forma presencial será que as pessoas se sentirão confortáveis com a ideia de se arriscar em aglomerações?
Futuro do Cinema
Antes mesmo da quarentena ser estabelecida os cinemas já se encontravam de certa forma “ameaçados”. Diversas pessoas passaram a trocar as salas dos cinemas pelas plataformas de streaming, afinal esse é um formato com baixo custo e que garante um catálogo variado de filmes sem que seja necessário sair de casa.
Ainda que esse formato tenha se sobressaído nesses meses, ele também pode enfrentar alguns problemas no futuro. Diversas gravações foram paralisadas devido à quarentena e em algum momento tudo que entrar nessas plataformas terá sido produzido antes da pandemia, ou seja, a cultura pop vai demorar a ganhar novos conteúdos até que tudo se normalize.
Outra problemática é o receio que os estúdios tem em fazer grandes lançamentos em plataformas streaming. Podemos citar o caso de Mulher Maravilha 1984, a Warner cogitou estrear o filme de forma online, porém voltou atrás e agora a estreia pode ocorrer em outubro. A justificativa para esse receio está no fato de que as plataformas streamings não cobram unicamente por cada filme de seu catálogo, sendo assim o orçamento de lucro não conseguem ser contabilizados individualmente e os estúdios não têm retorno.
Em meio a essas dificuldades, o VOD (Vídeo on demand) surge como uma alternativa para que os filmes tenham seu orçamento único contabilizado, através do VOD é possível comprar ou alugar um filme. Entretanto, esse sistema gera aumento na pirataria desses conteúdos, foi o que ocorreu com “SCOOBY! O Filme” que poucas horas depois de seu lançamento já estava na rede de forma ilegal.
Enquanto não sabemos se novos filmes serão lançados esse ano, podemos afirmar que várias alternativas foram pensadas para que o entretenimento continuasse vivo. Seja na área dos filmes com o ressurgimento de drive-in e o VOD ou na área da música com os shows livestreams. Nos resta então aguardar e descobrir o qual o melhor caminho para o futuro da cultura POP e se essas alternativas darão certo.