Obras ficcionais que nos ajudam a entender a importância do #BlackLivesMatter
Na última segunda-feira (25/05) George Floyd foi morto por um policial branco após ser imobilizado durante 8 minutos. Sem demonstrar nenhuma resistência ou tentativa de agressão para que tal ato acontecesse, a única explicação para esse assassinato foi o racismo. Na semana anterior a mesma motivação já havia tirado a vida de João Pedro, jovem de 14 anos baleado dentro de casa em São Gonçalo.
Os casos aqui apresentados não são isolados e desde 2012, quando a hashtag Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) foi criada, casos parecidos são denunciados nas redes sociais. O movimento possibilita que esses casos não sejam esquecidos e luta para que eles não aconteçam novamente.
Assim como #BlackLivesMatter surge de forma a denunciar o racismo, algumas obras fictícias nos fazem questioná-lo ao retratar bem de perto a realidade. Esse é o caso do filme O ódio que você semeia (2018), o filme que foi inspirado no livro de mesmo nome se baseia na história real de Oscar Grant. Um jovem negro de 22 anos que foi assassinado a tiros no Dia de Ano Novo em 2009 por um policial de trânsito de Oakland.
O longa conta a história de Starr Carter (Amandla Stenberg). A garota e seu amigo Khalil (Algee Smith) são parados por uma viatura voltando de uma festa, durante essa blitz o policial atira em seu amigo e ela acaba se tornando a única testemunha do crime. Conforme o filme se desenvolve acompanhamos a vida de Starr mudar e nos questionamos tudo o que motivou esse assassinato. Muitas questões que foram levantadas nos últimos dias na internet são discutidos no filme, como: racismo estrutural, violência policial e protestos. A produção está disponível no Telecine, confira o trailer:
Outra produção que se baseia em fatos reais é a Olhos Que Condenam (2019), série da Netflix. Na história cinco jovens negros são acusados de um estupro que não cometeram. A série bate muito na tecla sobre como sistema policial é injusto para com as minorias. Falsas acusações são feitas e a violência psicológica e física é usada contra garotos menores de idade apenas para forçar uma confissão. Confira:
Essas obras fictícias podem nos ajudar a compreender as questões que vivemos nessa última semana, além de abrir os olhos para paradigmas e esteriótipos impostos aos negros na sociedade. Você pode se informar mais sobre essas questões nesses links: Africaness e Alma Preta.