Hashtag Pop

Entrevista: Pedro Goifman conta como foi trabalhar com Xuxa e Angélica e nova série da Disney+

Em entrevista exclusiva, Pedro Goifman revela os bastidores de seus próximos projetos e a vida no mundo do entretenimento.

publicado em
Foto: Arthur Cestaro

Aos 20 anos de idade, Pedro Goifman já se destaca como uma presença marcante no cenário artístico, explorando caminhos como ator, diretor e roteirista. Após o sucesso de “Coisa de Menino“, sua presença na HBOMax ganha novamente destaque com “B.A.: O Futuro Está Morto“. Nesta adaptação dos quadrinhos “O Beijo Adolescente” de Rafael Coutinho, Pedro assume o papel de Tomás, um dos protagonistas, prometendo envolver o público com uma trama distópica e política.

Além disso, o artista está ansioso para compartilhar sua participação em “Tarã“, uma aguardada série do Disney+, onde dividirá o palco com ícones nacionais como Xuxa e Angélica, com estreia prevista para 2024.

Em uma entrevista exclusiva concedida ao Hashtag Pop, Pedro Goifman mergulha nos detalhes de seus próximos projetos e compartilha suas experiências no universo do entretenimento.

Hashtag Pop – B.A. aborda diversas temáticas polêmicas e muito importantes. Para você, qual a mais essencial? O que mais te deixou feliz em contar essa história?

Pedro Goifman: A história da série se passa em um futuro distópico e é impossível retratar uma distopia sem falar de política. Acho que o que mais me encantou é que a série não se acovardou diante desse fato. É uma obra extremamente política, que não esconde isso.
E o que mais me interessa é que retratamos o amor potente, o amor como ferramenta necessária para uma real mudança. Afirmar isso é muito forte. O amor entre pessoas diversas, o amor como força.

Hashtag Pop – E como foi o clima dos bastidores? Teve alguma situação marcante para você?

Pedro Goifman: O clima dos bastidores foi maravilhoso. Sempre muito carinho e muito afeto. O elenco inteiro do B.A. é impecável, com muitos nomes de peso e uma galera jovem que está vindo com tudo. Me aproximei e criei amizade com pessoas que eu já admirava e pude conhecer novos profissionais que agora admiro muito. Nós tivemos um processo de seleção de elenco muito específico, com uma oficina longa com 40 jovens, coordenada pelas maravilhosas Fernanda Rocha e Larissa Mauro. Isso fez com que nós nos aproximássemos muito, o que só se intensificou na preparação de elenco, também feita pela Fernanda Rocha. A química entre os atores certamente está presente na obra. Além disso, nós ficamos muito amigos e seguimos nos encontrando, mesmo fora dos sets de filmagem. Eu, o Ben (Benjamín), a Giu (Giulia Del Bel) e o Shao (Shaolin Shabba), formamos realmente um quarteto muito lindo que vocês podem ver na série . A minha relação com a Ingrid Gaigher, que faz a Kika, irmã do Tomás (personagem que interpreto) foi também muito bonita e nos chamamos de “hermanita” e “hermanito” até hoje. Os nossos personagens têm muitos atritos, mas fora de cena era só amor – o que fez com que criássemos uma camada profunda para as cenas, com uma cumplicidade presente mesmo nos desentendimentos. Uma das muitas situações curiosas dos bastidores foi quando, ainda na fase de testes, eu e o Ben estávamos conversando e ele me perguntou com quem eu me identificava mais, o Ariel ou o Tomás (dois dos personagens principais da série). Eu respondi que achava que eu tinha mais a ver com o Ariel. Perguntei de volta e ele disse que se identificava com o Tomás. Acabou que eu fui o Tomás e ele o Ariel! Outra curiosidade é que eu, o Antonio Haddad e a Sabrina Nonata nos reencontramos, depois de termos gravado o filme “Guigo Offline” juntos, quando éramos crianças. O momento do reencontro foi muito lindo e foi emocionante trabalhar novamente com esses atores espetaculares.

Hashtag Pop – : Tomás é pansexual e você, bi, certo? Para você, qual a importância de trazer essa temática à tona de uma forma mais natural, como é tratado na série? Qual é a importância de abordar a liberdade sexual?

Pedro Goifman: A representação da diversidade sexual na arte tem aumentado, mas ainda estamos longe de atingir o ideal. O amor e a sexualidade ainda são apresentados, na maioria das vezes, de maneira hétero e cis normativas. Temos muito ainda para atingir a real representatividade na arte e no entretenimento. Precisamos ver na tela diferentes sexualidades, gêneros, raças, culturas, classes, nacionalidades, idiomas, corpos… A diversidade existe e é triste que uma obra que retrate essa existência seja olhada com estranhamento. A série “B.A.: O Futuro Está Morto” é super brasileira e com muita diversidade. Tenho muito orgulho de estar nela.

Hashtag Pop – Você também está prestes a estrear “Tarã”, do Disney+. Pode contar um pouco sobre seu personagem?

Pedro Goifman: “Tarã” é uma série linda, dirigida pela Juliana Rojas e pelo Marco Dutra, que vai estrear ano que vem no Disney+. A série se passa em um território inventado na Amazônia, onde se desenrolam conflitos que destacam a importância dos povos originários e da preservação do meio ambiente. Eu interpreto o personagem Kauê na série, que é filho do JM, o vilão interpretado pelo Bruno Garcia, e da Niara, interpretada pela Angélica. Foi uma honra ter trabalhado com pessoas tão talentosas. Não posso contar muito, mas o Kauê tem uma relação forte com a moda e é um garoto muito sensível, que tem conflitos com seu pai.

Hashtag Pop – E como foi gravar para a Disney e com dois dos maiores ícones nacionais, Xuxa e Angélica?

Pedro Goifman: Confesso que nunca imaginei que moraria no Acre com a Xuxa por um mês e seria filho da Angélica, tudo isso em uma série do Disney+. Parece até que eu estou mentindo! Trabalhar com essas duas foi incrível. Elas são gigantes e aprendi muito com elas no set. A minha relação com a Angélica realmente foi muito próxima, nos demos muito bem e criamos uma linda cumplicidade de mãe e filho, que vocês vão poder assistir em breve. Depois das gravações, continuamos nos falando pelo whatsapp. É muito carinho.

Hashtag Pop – Sua carreira vem ganhando uma velocidade incrível com esses dois trabalhos. Quais são os próximos passos? Tem mais algum papel engatilhado?

Pedro Goifman: Na atuação sempre pesquiso de maneira profunda e estou com muita vontade de mergulhar de cabeça em um novo personagem. Cada um é um universo e é maravilhoso desvendá-los. Sonho em emprestar meu corpo para histórias cada vez mais diferentes e que me desafiem como ator. Sempre amei estudar. Além disso, tenho gostado muito de escrever roteiros e dirigir no audiovisual. Nesse sentido, alguns projetos estão em andamento e outros ainda estão guardados em anotações ou na minha cabeça. Preciso finalizar o documentário “Sim”, meu primeiro longa como diretor; estou tentando viabilizar um curta-metragem ficcional que escrevi recentemente, chamado “Adrenalina”; e estou trabalhando no roteiro de um longa-metragem de ficção, chamado “Terra Roxa”, junto com Mauricio Abbade, que é um grande parceiro. A ideia é que ele dirija esse filme e eu atue. Inclusive, nos conhecemos gravando um filme – que vai começar agora a passar em festivais – que ele dirigiu, chamado “Atravessaria a cidade toda de bicicleta só para te ver dançar”, no qual eu sou o protagonista. Além de tudo isso, estou torcendo muito para que a nova temporada de “B.A.: O Futuro Está Morto” seja renovada pela HBO Max, porque amo essa história e amo o Tomás, personagem que interpreto na série.

Aparece na notícia:, , ,
Topo