Gabeu lança parceria musical com Dornelles: ‘artistas queer desafiando os limites da indústria musical’

Gabeu acaba de lançar seu mais recente single, “Colo da Tropa“, em colaboração com o cantor Dornelles. Essa nova faixa já está disponível em todas as principais plataformas de música, e o cantor promete surpreender a todos ao combinar elementos do sertanejo com referências marcantes de funk e pop.

Em conversa exclusiva com o Hashtag Pop, Gabeu compartilha insights sobre sua carreira, o lançamento de “Colo da Tropa” e o que os fãs podem esperar de sua música em 2023.

Hashtag Pop: Gabeu, como foi a experiência de lançar “Colo da Tropa” em parceria com Dornelles? O que essa música traz de novo em relação ao seu trabalho anterior?

Gabeu: “Colo da Tropa” é uma composição minha, em colaboração com Well Bruno e Dornelles, e representa muito mais do que apenas uma música. Ela é uma experiência musical que transcende as fronteiras dos gêneros. Nela, fundimos elementos do sertanejo com influências marcantes do funk e do pop. As melodias envolventes e as letras cativantes nos fazem dançar, trazendo à mente grandes sucessos de artistas como Anitta, Pabllo Vittar e Luisa Sonza.

Esta faixa é mais um testemunho do meu talento e versatilidade, desafiando as expectativas e redefinindo os limites da música. Minha abordagem única e moderna para o sertanejo promete conquistar não apenas meus fãs, mas também uma nova geração de ouvintes ávidos por inovação musical.

Hashtag Pop: Você mencionou que pensa na sua música sertaneja de uma maneira muito pop. Como você equilibra essas influências musicais e o que podemos esperar da sua música em 2023?

Gabeu: Equilibrar essas influências é algo natural para mim. Cresci com referências do sertanejo e da música caipira, mas, à medida que crescia e me assumia como uma pessoa queer, tornei-me um grande apreciador da cultura pop. Acredito que tanto o sertanejo quanto a cultura pop sempre estiveram profundamente enraizados em mim. Através do meu trabalho musical e visual, posso mostrar como essa fusão pode resultar em algo único. Tenho planos de continuar explorando essas misturas e o mercado pop, mantendo o sertanejo como minha base.

Hashtag Pop: A participação de Dornelles na música “Colo da Tropa” destaca a importância da diversidade na música. Pode nos contar mais sobre como essa colaboração entre dois artistas LGBTQ+ de diferentes gêneros musicais se concretizou e qual mensagem vocês querem transmitir?

Gabeu: “Colo da Tropa” foi uma colaboração que surgiu de forma bastante orgânica. Well Bruno, que trabalhou comigo anteriormente em “Amor Rural” e também coescreveu “Colo da Tropa”, e eu já tínhamos a ideia de criar algo juntos. Eu já seguia Dornelles nas redes sociais e me identifiquei com o trabalho dele. A colaboração foi algo que naturalmente surgiu, e Dornelles trouxe uma essência única do funk para a música. Ambos somos artistas queer desafiando os limites da indústria musical, e acredito que nossa parceria envia uma mensagem importante sobre a diversidade na música, mostrando que não há barreiras quando se trata de criar algo especial e autêntico.

Hashtag Pop: “Colo da Tropa” mescla elementos do sertanejo e do funk. Como você descreveria essa fusão de gêneros na música e o que a torna especial?

Gabeu: “Colo da Tropa” é uma fusão de diversos gêneros musicais, incluindo sertanejo, funk, country, house e rock. O que torna essa música tão especial é a ousadia de sua proposta estética. Tanto eu quanto Dornelles atuamos em gêneros musicais tradicionalmente dominados por cis-heteronormatividade. No clipe da música, apostamos em visuais exagerados e uma estética que desafia padrões. No final das contas, é uma música para as pistas, queremos fazer as pessoas se acabar de tanto dançar.

Hashtag Pop: O videoclipe de “Colo da Tropa” tem uma estética baseada na cena alternativa de São Paulo. Pode compartilhar mais detalhes sobre a criação do clipe e como ele complementa a música?

Gabeu: Esse clipe foi produzido pela Sufe, uma produtora que já esteve envolvida em outros projetos meus, mas esse é o nosso maior projeto juntos, maior orçamento, maior elenco, maior equipe, maior complexidade… Gravamos por 12 horas seguidas, durante uma noite fria no centro de São Paulo, sem dúvidas o set mais trabalhoso que já tive, mas também o clipe mais lindo que já produzi. Basicamente, o conceito do clipe é como se estives