Hashtag Pop

Florinda Meza, a eterna Dona Florinda de ‘Chaves’, reflete sobre o impacto cultural do seriado em diferentes países

O encontro com a imprensa revelou seu carinho pelos fãs e até rumores de um remake de “Chaves”.

publicado em
Foto: Erick Vinicius

Na última quinta-feira (20/04) Florinda Meza chegou ao Brasil para um grande encontro com fãs no Festival da Boa Vizinhança em São Paulo. O evento que ocorreu no sábado (22/04) foi destinado aos fãs das obras criadas por Roberto Bolaños, também conhecido como Chespirito, que tem como objetivo a experiência de vivenciar novamente momentos icônicos dos seriados Chaves e Chapolin. Para causar grande impacto ao evento, a Educa Fest traz Florinda Meza, responsável por eternizar a Dona Florinda, mãe solteira e conhecida pelo seu bordão “Não gostaria de entrar e tomar uma xícara de café?”. Durante a conversa Florinda Meza foi questionada sobre sua participação em um remake de Chaves:

Sinto falta dos programas do Chespirito. Sinto falta da audácia do Chapolin. Sinto falta das canções do Chaves. Existe uma possibilidade, mas trata-se de um rumor, que talvez estejam remasterizando o programa. (…) Mas num possível remake, não é possível que eu possa participar, se houvessem novos programas, o correto seria com novos atores”.

Questionada sobre a popularidade do programa no Brasil, Florinda Meza disse: “Existem regras e passos a seguir para escrever algo que mova as fibras de um programa, e Roberto Bolaños sabia fazer isso. O grupo de atores também foi adequado para capturar e passar todas as fibras da alma deste programa, e que em determinados momentos era possível soltar até mesmo uma lágrima”, ressaltou Florinda sobre a genialidade de Roberto Bolaños.

Foto: Erick Vinicius
Foto: Erick Vinicius

Ainda sobre os programas criados por Roberto Bolaños, sucesso no Brasil, Florinda Meza enfatizou que as tramas dos seriados eram baseadas nas questões políticas e sociais da época: “Sempre devemos olhar como as coisas eram feitas antes para aprender algo novo. Já dizia Roberto, que a parte cômica dentro da trama poderia mesclar valores morais, críticas sociopolítica ou socioeconômica. Em Chaves temos muitas críticas socioeconômica, porém, é mais escondida”, explicou Florinda.

Perguntada sobre seu encontro com fãs brasileiros, Florinda Meza deixou claro que isso seria muito importante para si: “Para mim é muito importante. (…) Agora vou ter o contato direto com quem estava em casa me assistindo. É muito bonito. É uma incógnita emocional, porque podem me dizer: ‘você não é legal’. Na Argentina, disseram que não gostavam de mim e da Dona Florinda, porque era muito brava, ‘mas você me diverte’. Isso que importa, divertir, e fazer com que eles passem um bom tempo“, disse Florinda enquanto sorria. 

Sobre a falta de Roberto Bolaños, Florinda Meza disse sentir saudades e exaltou seu agradecimento ao criador do seriado: “Sinto falta todos os dias e recordando todos os dias. Há muitas razões para recordar dele. Tenho muito que agradecê-lo. Quando me lembro dele, me lembro de tudo, coisas boas e coisas ruins. Mas há mais agradecimento do que amor, pois, o amor não é tão poderoso quanto o agradecimento. O agradecimento me faz entender e seguir lembrando do carinho que tive com ele em cada dia. O amor pode não te permitir viver quando se recorda dos momentos ruins, pois, ele só permite bons momentos. Por isso eu digo que o agradecimento é muito mais importante”, disse Florinda. 

Por fim, Florinda Meza ainda foi questionada pelo portal Hashtag Pop como ela enxerga o impacto cultural dos seriados no México e em diversos países fãs de Chaves e Chapolin:

Para a cultura do México não teve impacto para as representações de comédia em pessoas de nível econômico baixo. Mas com certeza agregou algo, pois, fez com que o público geral pudesse enxergar que nesse meio não vemos apenas os atos de vandalismo, como são mostrados nos filmes. Mesmo que haja pobreza econômica, não há pobreza moral.”

Aparece na notícia:, , ,
Topo