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“Swing Louco”: Aretuza Lovi fala sobre o novo single e conta detalhes da nova era

“Esse álbum veio transbordando brasilidade [...]. É um passeio e uma homenagem a toda minha história” – Aretuza Lovi. Nesta quinta-feira (26), às 21h, a artista lança “Swing Louco” – o primeiro single do segundo álbum de estúdio

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Foto: Divulgação

Uma das principais vozes LGBTQIA+ da música nacional está pronta para dar início à nova era. Aretuza Lovi retorna à cena com a faixa “Swing Louco”, primeiro single da artista neste ano e carro-chefe do segundo álbum de estúdio – ainda sem data de lançamento.

“Swing Louco” chega às plataformas de streaming nesta quinta-feira (26), às 21h, com lançamento do videoclipe marcara para sexta-feira (27), às 12h. A faixa é uma regravação do hit que marcou gerações, sendo interpretada por vários artistas.

Em entrevista exclusiva ao Hashtag Pop, Aretuza Lovi falou sobre a escolha da canção que marca sua nova era musical, sobre o disco e as referências para o novo projeto e citou os desafios da vida artística e da paternidade.

HISTÓRIA

Aretuza Lovi estreou em 2012, mas foi em 2016, com o hit “Catuaba”, parceria com Gloria Groove, que a drag queen ganhou os holofotes. Anos mais tarde, em 2018, a artista lançou o primeiro álbum, intitulado “Mercadinho”. O projeto contou com parceria com Pabllo Vittar e Gloria Groove, Iza, Valesca Popozuda e Solange Almeida.

Após o disco, Aretuza se concentrou em lançamentos solos, como “I Love You Corote” (2020) e “Colarzinho de Miçanga” (2021). E agora, em 2022, ano em que completa 10 anos de carreira, a artista se prepara para o lançamento de “Swing Louco” e do segundo álbum.

“Esse álbum veio transbordando brasilidade […]. É um passeio e uma homenagem a toda minha história”

Aretuza conta que a escolha da faixa para ser o carro-chefe da nova era está ligada as memórias afetivas registradas ao longo dos anos.

“‘Swing Louco’ é uma música que está na minha vida há muitos anos, desde a minha adolescência. Eu escutava a música passar num carro de som, na porta da minha casa, que fazia propaganda de uma loja de eletrodomésticos e essa música sempre mexeu comigo pela musicalidade, pela vontade que me dava de dançar. E quando eu decidi escrever o meu novo álbum eu quis resgatar isso, as minhas memórias afetivas, os ritmos que eu amo e como “Swing Louco” me acompanha há muitos anos, é uma música que eu escuto diariamente, eu falei ‘Meu Deus! Eu quero regravar isso, mantendo a forma original da música, incrementando poucas coisas, mas que trazem essa estética que ativassem essa nostalgia’”.

A canção é uma regravação do hit que marcou gerações e que ganha uma nova roupagem interpretada por Aretuza. Uma das versões é a do Swing do Pará, banda que conquistou grande parte do país em 2000 e ganhou o coração da artista com vocais de Cheila Silva.

“E ‘Swing Louco’ é uma música que foi regravada por várias bandas no Norte e Nordeste e fez muito sucesso. Eu quero trazer esse sucesso de volta! Eu conheci essa música na voz da Cheila, que é a cantora da banda ‘Swing do Para’, e eu quis trazer da forma original. A gente fez uma roupagem na música, mas mantendo muito a forma original”.

Aretuza define as novas faixas como nostálgicas e dançantes. Segundo a artista, as letras celebram o amor em todas as formas.

“Vocês podem esperar muito suingue, muita dança, muito calor, muita nostalgia, muita brasilidade. Esse álbum veio transbordando muita brasilidade e é uma coisa que eu queria fazer há muito tempo, por mais que nos outros projetos eu já fazia isso. Mas esse está muito Brasil. Eu estou muito feliz com o resultado. Nós vamos falar de amor e nós vamos dançar. Muitas músicas falam de amor, mas nós vamos falar de amor de todas as formas. Da forma mais romântica, da mais irreverente, empoderamento. Está muito legal, eu estou muito feliz com o resultado.  Se preparem para muita brasilidade”.

Conhecida por suas canções com elementos do tecnobrega/pop/forró, o novo disco se destaca pela “brasilidade”, resgatando as raízes da artista, como ritmos, danças, culturas e artistas que moldaram sua arte e permanecem influenciando sua trajetória até os dias de hoje.

“‘Swing Louco’ é um tira-gostinho para o que vai vir nesse álbum. Vocês podem esperar muitas coisas do Norte e Nordeste. Esse álbum é um passeio pela minha história. Quando eu escrevi esse álbum, eu tinha escrito um EP na pandemia e olhei pra esse EP e falei ‘Não é isso. Eu vou homenagear todos os lugares que eu já morei’. Eu morei no Norte, no Nordeste, no Sul, Sudeste e Centro-oeste, então é um passeio e uma homenagem a toda a minha história”, conta.

Joelma, Companhia do Calypso, Viviane Batidão, Fruto Sensual estão entre os artistas que inspiraram o processo de criação do novo disco.

“Entre outras [bandas] que eu poderia ficar citando aqui, que são bandas do Pará. Mas a musicalidade, a cultura do Norte e Nordeste vem muito forte nesse álbum. Eu tive essa vivência lá e é algo que mexe comigo. O Brasil é muito rico musicalmente, culturalmente. Nós pegamos isso e fizemos um grande milkshake mantendo a forma original do ritmo. O pop vem como um temperinho. Tem músicas pop no álbum, mas a gente tenta manter brasilidade total, suingue total. Eu estou muito feliz, busquei muita referência no que eu vivi, nas bandas que eu curto há muitos anos e que me inspiraram na adolescência e o resultado está muito legal. Tem muitas que vocês vão se surpreender muito”, completa.

E o lançamento do novo single “Swing Louco” ficará completo com a chegada de um videoclipe gravado diretamente do Pará – berço das principais inspirações do disco. A equipe por trás dá obra é inteiramente composta por profissionais locais, sob a decisão da própria artista com objetivo de manter a essência de suas referências.

“‘Swing Louco’ chega com videoclipe e eu acho que a galera estava nessa espera depois de tanto tempo que eu não lanço música e nem videoclipe, então a galera queria muito. Quando a gente pensou nesse videoclipe eu falei ‘cara, eu tenho que ir pro Pará, gravar com a essência de lá, com profissionais de lá’. Todos os profissionais do clipe, desde a direção até a produção, é todo mundo do Pará, só tem uma pessoa que é de fora, mas o restante da equipe é toda paraense. O produtor da música é paraense, então a gente foi pra lá. Nós pensamos muito na estética do Pará, de trazer o Pará em essência”.

O vídeo conta a história de uma vendedora de comida típica que tem o sonho de ser uma cantora de banda e acaba vivendo esse sonho.

“Nós gravamos externas, teve externa no comércio. […] Eu conversei muito, tive uma troca muito grande com os diretores, a Camila, o Paulo, o Fábio, um equipe linda lá de Belém. O resultado é muito, muito lindo! A gente quis trazer tudo numa estética bem Pará que é uma estética muito rica e tem uma cultura muito rica. Nós quisemos trazer muito brilho, muita dança e muito alegria. Está muito, muito lindo e o resultado está bem como eu queria”.

COLABORAÇÕES

“‘Mercadinho’ teve muitas colaborações, muitas participações especiais que conectam com a minha verdade e no novo álbum não poderia ser diferente”. Durante o processo de produção do projeto, Aretuza conta que as parcerias foram surgindo naturalmente.

“Eu parei e falei ‘tem que ser pessoas que se conectam com a minha verdade, com essa musicalidade’ e foi muito natural. Não foi assim ‘escrevi uma música para fazer com essa pessoa’. Foi fluindo o processo, foi muito gostoso e a gente foi se conectando. Tem participações muito incríveis e especiais e tenho certeza que vocês vão gostar muito”.

SHOW EM CELEBRAÇÃO AOS DEZ ANOS

Neste ano Aretuza completa dez anos de carreira. “Catuaba”, “Joga Bunda”, “Movimento”, “I Love You Corote”, “Colarzinho de Miçanga”, são apenas alguns dos sucessos lançados ao longo dessa jornada. 

Para comemorar dois grandes momentos (uma década e o novo disco), Aretuza conta que está preparando um “show de dez anos”, marcando a nova fase de sua carreira musical.

“Eu e minha a minha equipe planejamos coisas muito incríveis, muitos clipes, tem um show novo que casa com os dez anos de carreira. Este ano faço dez anos e nós estamos com um show novo, mas estamos planejando um show do álbum e trabalhando e estruturando pra isso. Muitos feats legais. Esse álbum representa não só a minha nova fase, mas a minha verdade. É algo que eu quis fazer a muito tempo e agora estou colocando em prática. Essas músicas representam a minha verdade, tudo que eu vivi, a minha história e vem em um ano especial que é o ano de dez anos. Podem esperar muitas coisas boas e as coisas vão acontecendo da forma que elas tem que acontecer no momento e na hora certa”.

NOAH E A PATERNIDADE

“Meu filho é o grande amor da minha vida”. Por trás de todo brilho da Aretuza, Bruno Nascimento dedica sua vida ao pequeno Noah – que rouba toda atenção nos cliques ao lado do pai (e da Aretuza) nas redes sociais.

Para Bruno, a principal dificuldade da paternidade é a distância – atualmente o artista vive em São Paulo e o filho em Brasília.

“É um desafio ser pai, mas também é uma delícia. A gente se fala 24 horas por dia, nos falamos muitas vezes no dia. Eu acompanho toda a rotina dele desde o acordar ao dormir. Tento dar o máximo de assistência, fazendo o possível e o impossível por ele. A questão da distância é algo que me faz sofrer muito, mas neste momento é necessário”.

A saudade que toma conta do coração de Bruno ficará menor nas férias – Noah passará a temporada ao lado do pai.

“Quando ele crescer vai entender os motivos, pra dar o melhor pra ele, a melhor educação. Sempre que eu posso eu estou lá, estou com ele. Ele é um menino muito incrível, um menino que compreende muito as coisas. Nas férias ele vai vir ficar comigo. Sempre que a gente pode estamos sempre juntinho. É um amor incondicional”.

Nos dias de hoje, Bruno é um dos grandes representantes quando o assunto é paternidade LGBTQIA+. Dedicado e atencioso, transbordando seu amor incondicional pelo pequeno Noah, o artista se orgulha de inspirar as “famílias da diversidade”.

 “Eu fico muito feliz de ser inspiração para outras famílias LGBTQIA+”. As família da diversidade existem há muito tempo e como um homem gay, pai e artista que tem um alcance quero mostrar a minha família para que as pessoas tenham coragem de colocar esse sonho, essa vontade em prática. Tem muitas crianças precisando de amparo, de amor. Eu fui muito carente de amor de pai, então hoje eu dou o maior amor da minha vida para o meu filho e quero que as pessoas façam isso pelos seus filhos. Viva as famílias da diversidade”.

Nas redes sociais, a duplinha encanta os seguidores com o programa “Pedacinho de Amor”. Em novembro de 2021, foi ao ar o último episódio do projeto. “O Pedacinho de Amor está entrando de férias e em breve a gente se vê novamente”, escreveu Aretuza.

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